Inserção Social
O PPGCFau já tem experimentado uma forte integração com a sociedade e o mercado de trabalho, formando profissionais altamente qualificados capazes de promover e coordenar ações de conservação com bases científicas e tecnológicas. Para a conservação in situ, um bom indicador do papel do PPGCFau tem sido o número crescente de egressos que atuam em parques e reservas ou outras áreas (incluindo privadas) de conservação, tais como Estação Experimental de Bento Quirino, Parque Ecológico do Tietê, SAVE Brasil. Já no campo da conservação ex situ, um excelente indicador é o número de profissionais qualificados pelo PPGCFau que estão atuando em zoológicos, incluindo Zoológico de São Paulo, Parque das Aves - Foz de Iguaçu, Zoobotânico Municipal de São José do Rio Preto, Zoológico de Brasília, Animália Reserva, BioParque do Rio de Janeiro. Muitos egressos têm suas atuações voltadas diretamente para ações e políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade em instituições públicas (Policia Militar Ambiental de SP, prefeituras municipais, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, Coordenadoria de Fauna Silvestre da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado de São Paulo, Orquidário Municipal de Santos, ICMBio, IBAMA, Museu Biológico do instituto Butantan). Em síntese, o profissional do PPGCFau está sendo qualificado para ter condições de produzir novos conhecimentos e tecnologias e de implementar e coordenar ações e políticas públicas voltadas à conservação da fauna, atendendo necessidades dos setores públicos e privados de nossa sociedade. Além da atuação profissional, o egresso do programa vem obtendo êxito nos processos seletivos para o doutorado em diversas instituições, nacionais (USP, UFSCar, UFRPE, UFV) e internacionais (Alemanha, EUA, Portugal) capilarizando o trabalho de formação do PPGCFau.
Os docentes têm atuado em conselhos consultivos, grupos de trabalho e assessorias em diferentes esferas (estadual e federal), órgãos e instituições cuja missão está ligada ações e políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade.
Muitos prestam assessoria ao ICMBio, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros - CPB, Ministério do Meio Ambiente – MMA, Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB), União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), à Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, entre outras. Além disso, têm participado ainda do Sistema de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade Brasileira, cujos resultados subsidiam o Ministério do Meio Ambiente na publicação da Lista Nacional
Docentes do PPGCFau que estão ligados à Coordenadoria de Fauna Silvestre (CFS) da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (SEMIL-SP) tem estado a frente de diversas ações voltadas à conservação da fauna. Estes docentes têm sido uma ponte importante com os demais membros do PPGCFau no sentido de se fazer conhecer e atrair mais pessoas para ações de conservação da biodiversidade da CFS. Além do trabalho diário da CFS com as questões que a competem em relação à conservação da fauna, a equipe da CFS mantém um perfil no Instagram (@faunasilvestre_sp) com artigos de divulgação da fauna brasileira, do trabalho desenvolvido por suas unidades (Cetras, CECFau, Núcleo de Inovação Tecnológica), com divulgações de pesquisa, de eventos e ações coletivas para a conservação da fauna. A equipe da CFS tem participado de ações coletivas como o ‘Participe! Bate-papo ambiental on-line’, criação de um novo CETRAS em Botucatu, elaboração coletiva do Manual Cidade Amiga da Fauna, colaboração na organização da Semana do Meio Ambiente - SEMIL, Seminário Parque Públicos Urbanos – Pesquisa e Participação Social na Construção da Política Pública, entre outras.
Outra forte integração do PPGCFau com a sociedade pode ser demonstrada pelos projetos de mestrado desenvolvidos pelos estudantes, os quais em sua grande maioria tem uma forte relação com demandas reais levantadas no ambiente social ou de trabalho, o que é característico do PPGCFau. A exemplo, já tivemos trabalhos que auxiliaram no planejamento de medidas de mitigação de atropelamentos de fauna, baseadas na identificação de hotspots de atropelamentos. Alguns estudos também tiveram ações imediatas na conservação in situ da fauna, como na instalação de pontes de dossel como medida mitigadora do atropelamento do mico-leão-preto em Guareí (SP). Outros subsidiaram decisões imediatas na conservação ex situ da fauna, auxiliando com dados importantes para a tomada de decisões e planejamento de medidas envolvendo o manejo de populações de capivaras, nas questões envolvendo o conflito com humanos.
Outro estudo com forte impacto social, identificou a estrutura da paisagem que influencia a abundância vetores primários da febre amarela silvestre e indicou áreas com maior risco para dispersão desses vetores. Os resultados deste estudo trouxeram informações e sugestões importantes para os profissionais de saúde e de conservação da fauna no planejamento de ações mitigadoras e de diagnóstico/dimensionamento dos impactos da febre amarela em níveis locais, sub-regionais e regionais. Outros tem como resultado listas de espécies a serem utilizadas para a elaboração do Plano de Manejo de Unidades de Conservação (Parque Estadual Juquery e Estação Experimental de Buri), ação fundamental e básica nas estratégias de conservação implementadas por uma unidade de conservação.
Os docentes e alunos do PPGCFau tem ainda uma rica oportunidade de interface com a sociedade, por meio dos projetos voltados à educação, educação ambiental, divulgação científica, ou por meio das atividades dos projetos de extensão. Em todas essas atividades, há envolvimento de docentes, estudantes do PPGCFau e estudantes de graduação.
Muitos projetos de extensão têm sido coordenados por docentes do PPGCFau, com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, que têm um impacto direto pelo desenvolvimento de produtos variados para a sociedade.
No PPGCFau, os projetos de extensão tem sido uma importante forma de vincular o conhecimento produzido na pós-graduação ao conhecimento e necessidades da sociedade. O PPGCFau teve em dezembro de 2024 a aprovação no edital interno da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da UFSCar do projeto de extensão ‘Aliança de Saberes: Fortalecendo a Cooperação entre a Pós-Graduação e a Sociedade para o Desenvolvimento Sustentável’ com recursos do Proext-PG (CAPES). As atividades estão previstas para o ano de 2025 e envolvem docentes e discentes do PPGCFau.
A produção de materiais educativos ou de divulgação da ciência produzidos por docentes e estudantes do PPGCFau também um forte impacto social. Além disso, alguns dos projetos de mestrado de estudantes no âmbito do PPGCFau têm estreita relação com a educação.
A UFSCar mantém um grande conjunto de atividades voltadas para a sociedade, permitindo uma forte inserção social de seus cursos de graduação e programas de pós-graduação, incluindo o PPGCFau. São bons exemplos dessa inserção o Lagoa do Sino de Porteiras Abertas – evento organizado anualmente pelo Centro de Ciências da Natureza na UFSCar Lagoa do Sino – cujo objetivo é apresentar aos estudantes do Ensino Médio e cursinhos pré-vestibulares, as iniciativas de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no campus. Os estudantes de graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos e docentes atuam na organização de salas, stands e atividades em laboratório e em campo, apresentando os cursos de graduação, de pós-graduação, coletivos do campus Lagoa do Sino (bateria Lagoa do Sino, empresa junior LS consultoria, Cheerleading na Lagoa do Sino - CheerLakers, Atlética Lagoa do Sino, Coletivo Indígena, Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus), projetos de pesquisa e extensão.
O Congresso de Iniciação Científica – CIC, o Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – CIDTI e o Congresso de Iniciação Científica do Ensino Médio - CIC-EM são eventos realizados anualmente pela UFSCar que têm como objetivo promover, discutir e divulgar os resultados dos projetos de pesquisas científicas e tecnológicas realizadas por estudantes de graduação da UFSCar e alunos do ensino médio da rede pública de educação. Nestes eventos os estudantes de pós-graduação têm participado auxiliando inclusive nas avaliações dos projetos apresentados pelos estudantes de graduação e ensino médio.
Além disso, a UFSCar tem eventos científicos e culturais que são projetos de extensão organizados por Departamentos, Centros, Unidades e Programas de Pós-Graduação, cuja agenda fica disponível no site da PROEX UFSCar – Agenda de eventos.
Além dos projetos de pesquisa e extensão coordenados pelos docentes do PPGCFau, e dos eventos realizados na UFSCar, o PPGCFau está também integrado à graduação considerando que todos os docentes da UFSCar que estão vinculados ao PPGCFau também ministram aulas na graduação em diferentes disciplinas, e também orientam alunos de iniciação científica. Assim, os alunos do PPGCFau vêm interagindo com os alunos de iniciação científica, integrando projetos em áreas comuns de estudo, possibilitando uma excelente oportunidade de convivência e trocas de saberes.